Martinha brigou com o mundo e carregava consigo a mácula de não ter suportado seus papéis. Foram tantos anos desperdiçados na tentativa de ser correta, embora nunca acreditasse nessa balela. Chamava-se de hipócrita perante o espelho todas as manhãs e chorava baixinho à noite, atacada pelo sonho recorrente de estar presa: eram três correntes atadas aos membros, deixavando livre apenas uma mão ou uma perna, isso variava conforme a fragilidade da estação.
Inevitavelmente veio o surto e mandou marido, filhos e trabalho pro inferno. Todos a condenando enquanto gargalhava endoidecida, sem qualquer pudor!
Já passara quase um ano de entrega ao selvagem coração quando a vida, sem nenhuma delicadeza, mandou Lúcio, o amante, dez anos mais novo e com um cheiro sexy de danação. Mas dessa vez Martinha foi mais esperta e tratou de colocar a corrente bem apertada no pescoço dele enquanto dormia.
Já passara quase um ano de entrega ao selvagem coração quando a vida, sem nenhuma delicadeza, mandou Lúcio, o amante, dez anos mais novo e com um cheiro sexy de danação. Mas dessa vez Martinha foi mais esperta e tratou de colocar a corrente bem apertada no pescoço dele enquanto dormia.
(imagem de Teresa Gutierrez)
Um comentário:
credo ou
hauhauhauhauhau
prefiro a moura torta....
brincando...bejim!
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