terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Restos do carnaval



E lá vamos nós nesse sonho louco de carnaval.



Percorrendo as ruas do Rio reencontro as velhas fantasias dançando impunemente sobre um chão de embriaguez e desejo.



Dar à carne um pouco de excesso é o bálsamo para que suas inquietações adormeçam no silêncio mórbido da quaresma.



E que os demônios não perturbem por um tempo!



(na foto as saudações da boneca do bloco das Carmelitas de Santa Tereza, tirada pelo Gabriel... lá pulamos o Gabriel, a Anna e eu. Na foto abaixo, eu de Hare Hippie, ou de New Weard America e Anna com o nariz cortado vestida de Chun Pin, isso foi logo depois de um banho de mangueira. Gabriel era um revolucionário de saia e não apareceu porque batia a foto).





quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sôdade


Será possível escrever sobre amor sem respirar os velhos clichês?
Dizem por aí que o amor perambula com graça tanto nas canções vadias quanto nos sonetos mais apurados, por enquanto sigo os conselhos de Rilke e não me arrisco assim tolo por um terreno tão espinhoso.
Já que no fundo qualquer coisa aqui é só inquietação...
Fuga desesperada ao impalpável por não ter agora os espasmos de seu corpo inconsciente abraçando minha insônia.



(imagem de Picasso)