Nós (pessoas que assim como eu nunca moraram ou mesmo passearam pelo velho mundo), geralmente temos a impressão de que enquanto no Brasil a barbárie come solta nos países ricos tudo é harmonia... inclusive a vida de artistas, já que lá são todos supervalorizados e até o serviço mais simples pode proporcionar uma vida digna. Neste fim-de-semana fui assistir Cymbeline uma peça pouco conhecida de Shakespeare na montagem de um grupo inglês, o Kneehigh Theatre. Preparei a alma para toda a grandeza e pompa de uma royal tradição, afinal era Shakespeare por ingleses! Mas a montagem surpreendeu justamente pela irreverência e liberdade diante do bardo, deixando que os personagens transitassem entre baixeza extrema e uma sensibilidade cândida, quase infantil. Ontem fui a um bate papo com os fundadores do grupo e descobri que eles são assim mesmo: livres e irreverentes! Totalmente despidos do peso da tradição secular, de academicismos e mesmo de uma estrutura ideal. Eles são mambembes, de uma região chamada Cornuália e assim como tantos grupos de teatro daqui passam por aqueles conhecidos dramas por causa de dinheiro, centralização cultural de uma grande metrópole e por serem assim: simples e generosos, tendo justamente a generosidade como palavra norteadora de seu espírito e trabalho.
Só tenho a agradecer por aquele momento final da peça, um pouco nostálgico por não ter em meu bolso aquela canção que conseguiu me arrancar algumas lágrimas daquele estado de enlevo raro que podemos chamar de sublime: darkness is nature lullaby... ou a escuridão é a canção de ninar da natureza...
Só tenho a agradecer por aquele momento final da peça, um pouco nostálgico por não ter em meu bolso aquela canção que conseguiu me arrancar algumas lágrimas daquele estado de enlevo raro que podemos chamar de sublime: darkness is nature lullaby... ou a escuridão é a canção de ninar da natureza...
Um comentário:
queria ter ido tb com vc!!!!
sniff
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