quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Dos fragmentos da lua


Que se espalhou entre os estilhaços de vidro e pairou gorda pela sala. A cidade era então plácida e respirou aliviada apesar de tantas chagas, as atrocidades do jornal se desnudaram em ficção de baixo nível e nossa querida descrença se tornava esquecimento. Tínhamos um instante de grandeza perante as orelhas monstruosas do mundo:
As marés se agitaram em reverência à segunda lua que nasceu.


(imagem de Fuseli)

Um comentário:

Maria Cláudia S. Lopes disse...

simplesmente belíssimo Céu....
vc se aprimora a cada dia, é como se eu visse vc se desabrochando em homem na escrita tb....refinado, cada vez mais refinado, esse desceu como um gole de um vinho tinto seco e suave, aqueles aos quais nos damos o privilégio de saborear uma vez por ano....lindo