No começo foi difícil, acostumei com bonés que pudessem esconder meus chifres e sapatos que não deixassem meus cascos a mostra. Meus pêlos ocultos pelo calor de calças largas, meu pau sempre comprimido e
Só me restava a nostalgia... a lembrança de minha terra. Lá onde a loucura é uma coisa boa de se viver! A saudade de como corríamos em trotes desesperados pelos nossos campos e embriagados tocávamos flauta e cítara, fazendo mil serenatas no relento de noites quentes. Dançávamos com a corte de loucas, com quem seguíamos em festa por dias e que a nós se entregavam ébrias e felizes. Aí havia fontes, frutos maduros que nosso deus nos dava, o prazer da companhia do nosso bando, a beleza das ninfas!
Achas as mulheres daqui bonitas? Achas o fruto daqui saboroso? O vinho inebriante?
Me desculpe, amigo, mas tu nunca viveste.
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