Queria já ter falado nisso antes, precisava já ter falado porque o caso é antigo. Todo ano é a mesma coisa, estou geralmente andando apressado pelo supermercado quando, virando numa estante trombo com eles: pilhas de panetones! E em qual mês estamos? Setembro, outubro? Eles sempre chegam cedo demais prenunciando o fim irremediável de cada ano. Como uma sina maldita que vem enfatizar o lado diabólico do natal.
Vontade de deixar o tempo fluir livre desses compartimentos que chamamos de anos, datas, dias santos...
Agora nos chega o dia dos mortos, noutras terras as bruxas se libertam e muito antes disso os panetones já estavam lá à nossa espreita nas prateleiras inevitáveis, aguardando os malditos pisca-pisca, os falsos bonecos de neve, os papais-noéis e tantos símbolos soberbos que não deixam nem o pobre do Jesusinho aparecer.
Tumbalacatumba que eu prefiro dançar com as caveirinhas!
2 comentários:
Oi Celso, adoro suas criações, suas sãs maluquices, me lembro de vc rindo
feliz, com dois pés direito da havaiana pra calçar, ha, ha, ha!
Vou a Sampa de quando em vez, quero
te ouvir num Summertime again. Leio
seus contos com o maior gosto e rio
pra caramba.Cadê a Lady Baby? explodiu com os famigerados panetones? Talvez já não passe de
machadiana memória póstuma.
Querido, parabéns, beijos em tempo
real da Márcia (mãe de Lourenço).
Ah Márcia...
Vem mesmo pra Sampa? Então vamos nos encontrar... tenho muita saudade de você!
Será que vocês tem meus telefones?
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