Era um velho leão de fábulas que chegara à cidade.
Mesmo que não fosse mais rei de coisa alguma, pelo menos pensou que aquela nova selva poderia lhe proporcionar interessantes histórias, bem como ensinamentos a todos animais ou pessoas que encontrasse.
Começou então a interagir com os bichos de seu caminho, primeiro encontrou cães esnobes que passeavam com seus próprios criados. Então o leão pensou: eu que já fui rei nunca tive criados. Depois procurou os gatos que talvez ainda enxergassem sua nobreza. Mas os que moravam na rua não eram mais do que pobres coitados que já estavam muito atarefados numa sobrevivência difícil para sequer dar-lhe alguma atenção.
Então restou procurar os homens.
Descobriu que para viver com eles precisava primeiro de um emprego, mas era sempre a mesma coisa: não tinha qualificações, sua aparência poderia assustar, suas patas não serviam para o teclado do computador...
Depois de muitas decepções o leão sentou-se numa praça pensativo, imaginando se pelo menos haveria alguma moral para esta história.
Desmoralizado, só restou ao leão rugir as velhas glórias de seu passado aos que passavam na praça.
Apenas um cego ouvia atentamente suas histórias e humildemente concluiu: pobres daqueles que se deixam ficar cegos para uma verdadeira majestade.
Mesmo que não fosse mais rei de coisa alguma, pelo menos pensou que aquela nova selva poderia lhe proporcionar interessantes histórias, bem como ensinamentos a todos animais ou pessoas que encontrasse.
Começou então a interagir com os bichos de seu caminho, primeiro encontrou cães esnobes que passeavam com seus próprios criados. Então o leão pensou: eu que já fui rei nunca tive criados. Depois procurou os gatos que talvez ainda enxergassem sua nobreza. Mas os que moravam na rua não eram mais do que pobres coitados que já estavam muito atarefados numa sobrevivência difícil para sequer dar-lhe alguma atenção.
Então restou procurar os homens.
Descobriu que para viver com eles precisava primeiro de um emprego, mas era sempre a mesma coisa: não tinha qualificações, sua aparência poderia assustar, suas patas não serviam para o teclado do computador...
Depois de muitas decepções o leão sentou-se numa praça pensativo, imaginando se pelo menos haveria alguma moral para esta história.
Desmoralizado, só restou ao leão rugir as velhas glórias de seu passado aos que passavam na praça.
Apenas um cego ouvia atentamente suas histórias e humildemente concluiu: pobres daqueles que se deixam ficar cegos para uma verdadeira majestade.
(imagem de Rembrandt)
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