1
Domingo: Dia do culto! Acordo a família cantando e com o coração entregue a Jesus. Mal vejo a hora de encontrar a Cidinha, a Mara e todas minhas queridas Irmãs de Espírito. A igreja se ilumina com a voz doce do Pastor Alberto. Me purifica como uma menina que jamais soube o que é pecado. Depois vem o almoço que faço questão que seja farto, mesmo que leve horas em seu preparo. É maravilhoso ceder meu tempo para ver todos assim: gordos, felizes e sorridentes.
Segunda-feira: Dia das Irmãs de Espírito entrarem em ação! É assim que se chama nosso grupo. Mais uma vez vamos lá eu, a Cidinha, a Mara, a Josefa... um dia a gente vai pra creche e brinca com as crianças, canta, reza com elas. Chego em casa revigorada apesar do cansaço. Outro dia vamos passar filmes no asilo. Converso com todos, ouço suas histórias sem perder qualquer detalhe. Nada compra o prazer de receber um sorriso daquelas pessoas tão esquecidas pela vida. Quando João Carlos, meu marido, vem com aquelas velhas queixas do trabalho abro meu sorriso contaminado pelo pureza da caridade e vejo que ainda tenho tanta luz em meu sagrado coração. Sou uma fonte inesgotável de amor!
(esse conto continua nesta semana em mais dois posts, a pintura que o ilustra é de Rafael)
Nenhum comentário:
Postar um comentário